RESUMO
A teoria da evolução, publicada por Charles Darwin em 1859, causa polêmica até hoje nos
meios acadêmicos, filosóficos e religiosos, pois entra em choque com os ensinamentos bíblicos
segundo os quais o homem, assim como tudo o que existe no Universo, é criação de um ser
superior. A Teoria da Evolução afirma que é o ambiente, por meio de seleção natural, que
determina a importância da característica do indivíduo ou de suas variações, e os organismos
mais bem adaptados a esse ambiente têm maiores chances de sobrevivência, deixando um
número maior de descendentes. A partir dos novos conhecimentos trazidos pela Genética, surge o
termo Neodarwinismo, que considera a população, e não o indivíduo, como unidade evolutiva,
completando, de maneira inequívoca, a veracidade e confiabilidade da teoria da evolução de
Darwin. Este estudo tem como objetivos apresentar os pontos principais da teoria da evolução e
aspectos da biografia de seu autor.
INTRODUÇÃO
A teoria da evolução, proposta por Charles Darwin, foi publicada pela
primeira vez em 1859, e desde então, tem causado polêmica nos meios
acadêmicos, filosóficos e religiosos, pois entra em choque com os ensinamentos bíblicos segundo os quais o homem, assim como os outros seres vivos e tudo o
que existe no Universo, é criação de um ser superior.
Ocorre que muitos professores, até mesmo os de Ciências e Biologia,
fogem do assunto, omitindo-se a respeito de seu posicionamento sobre a origem
e a diversidade da vida, o que se configura em grave problema, considerando que
a escola pública, assim como o Estado, é laica e deve divulgar e mediar o
conhecimento científico (CARVALHO; SOARES, 2010).
Base da moderna teoria sintética (neodarwinismo), a Teoria da Evolução
afirma que é o ambiente, por meio de seleção natural, que determina a
importância da característica do indivíduo ou de suas variações, e os organismos
mais bem adaptados a esse ambiente têm maiores chances de sobrevivência,
deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem
adaptados são, portanto, selecionados (escolhidos) pelo ambiente e, assim, ao
longo das gerações a atuação da seleção natural mantém ou melhora o grau de
adaptação dos organismos, fixando suas características no ambiente.
À época da publicação da obra de Darwin, as leis da Genética ainda não
eram conhecidas, mas posteriormente, com os trabalhos de Mendel (1822-1884),
os princípios da genética foram incorporados às ideias de Darwin, sendo que sua
mais importante contribuição foi substituir o conceito antigo de “herança através
da mistura de sangue” pelo conceito de “herança através de partículas” (genes).
Surge, assim, o termo Neodarwinismo, que mantém a teoria da evolução à
luz dos novos conhecimentos trazidos pela genética, que considera “a população
como unidade evolutiva”, completando, de maneira inequívoca, a veracidade e
confiabilidade da teoria da evolução inicialmente proposta por Darwin.
Por meio de pesquisas bibliográfica e webgráfica, embasadas em leituras
de livros, revistas, artigos e sites de internet, é objetivo deste estudo apresentar
os pontos principais da teoria da evolução e aspectos da biografia de seu autor,
Charles Darwin.
AS IDEIAS DE DARWIN
As principais ideias de Darwin, embasadas em pesquisas e observações
de como surgiram e se modificam os seres vivos, são apresentados a seguir
(SOBIOLOGIA [s.d.], 2014).
-Os indivíduos de uma mesma espécie não são idênticos entre si, pois
apresentam variações em suas características;
-Os organismos produzem muitos descendentes devido à sua grande
capacidade de se reproduzir; porém, poucos deles chegam à idade adulta e, por
esta razão, o número de indivíduos de uma espécie se mantém constante ao
longo das gerações;
-Os organismos com variações favoráveis às condições do ambiente em
que vivem têm mais chances de sobreviver em relação àqueles com variações
menos favoráveis;
-Os organismos com variações vantajosas ou favoráveis têm maiores
chances de deixar descendentes, que herdam essas condições favoráveis;
-A seleção natural atua sobre os indivíduos o longo das gerações, e
mantém ou melhora o grau de adaptação destes aos ambiente.
Na verdade, as ideias de Darwin sobre seleção natural são relativamente
simples, porém frequentemente mal compreendidas. A seguir, como funciona a
seleção natural (USP/IB [s.d.], 2014).
1. Variação nos traços ou características dos indivíduos de uma mesma
população (Figura 3).
2. Reprodução diferenciada: como o ambiente não suporta crescimento
ilimitado das populações, nem todos os indivíduos conseguem se
reproduzir. No exemplo, se besouros verdes são comidos por pássaros,
os besouros marrons sobrevivem para se reproduzir em maior
frequência (Figura 4).
Figura 4: Besouros verdes são comidos por pássaros (exemplo).
Fonte: http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/images/browngreenbeetles2.gif
3. Hereditariedade: os besouros marrons sobreviventes deixam
descendentes marrons porque esse traço (cor marrom) tem uma base
genética (Figura 5).
Figura 5: Besouros marrons deixam descendentes marrons.
Fonte: http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/images/browngreenbeetles3.gif
4. O traço mais vantajoso se torna mais comum na população: a
coloração marrom, que possibilita que os besouros tenham maior
número de descendentes, torna-se mais comum na população. Se esse
processo continuar, a tendência é que todos os indivíduos da população
serão marrons (Figura 6).
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Figura 6: Com o passar do tempo, todos os indivíduos da população serão marrons.
Fonte: http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/images/browngreenbeetles4.gif
Em resumo, a evolução por seleção natural é resultado direto de três
fatores: variação, reprodução diferenciada e hereditariedade.
Outro exemplo clássico é o tamanho do pescoço da girafa (Figura 7).
Figura 7. Explicação para o comprimento do pescoço da girafa, segundo a teoria
da Evolução, de Charles Darwin.
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=teoria+da+evolu%C3%A7%C3%A3o+de+darwin
Neodarwinismo -
Teoria sintética da evolução
A teoria sintética da evolução incorpora as noções atuais da Genética às
ideias de seleção natural de Darwin, ambas considerando a população e não o
organismo como unidade evolutiva.
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Assim, define-se população como um “agrupamento de indivíduos de uma
mesma espécie que ocorrem em uma mesma área geográfica, em um mesmo
intervalo de tempo”, e espécie biológica como “agrupamento de populações
naturais, real ou potencialmente intercruzantes e reprodutivamente isolados de
outros grupos de organismo”. (SOBIOLOGIA [s.d], 2014).
Observando as diferentes populações de indivíduos com reprodução
sexuada, é possível notar que não existe um indivíduo igual ao outro. A
compreensão da variabilidade genética e fenotípica dos indivíduos de uma
população é fundamental para o estudo dos fenômenos evolutivos, uma vez que a
evolução é, na realidade, a alteração na frequência dos genes dessa população.
Os fatores responsáveis por essas alterações são os fatores evolutivos.
Cada população apresenta um conjunto gênico (todos os genes presentes
nessa população) que, sujeito a fatores evolutivos, pode ser alterado.
Os fatores evolutivos podem ser reunidos em duas categorias:
1. Fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da
população: mutação gênica, mutação cromossômica e recombinação.
2. Fatores que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida:
seleção natural, migração e oscilação genética (SOBIOLOGIA [s.d.],
2014).
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